A maior parcela desse volume, correspondendo a 59%, é proveniente da movimentação de grandes máquinas e equipamentos, incluindo veículos movidos a diesel. Essas emissões de Escopo 1 são aquelas liberadas diretamente na atmosfera como resultado das operações das empresas. Já as emissões de Escopo 2, que são indiretas e decorrem da energia elétrica adquirida para uso das companhias, totalizaram 1 milhão de toneladas.
Ao analisar as emissões de Escopo 1, o relatório apontou que as categorias mais representativas são a combustão móvel, responsável por 59% das emissões, e a mudança do uso do solo, que corresponde a 14%. Esses dados refletem o perfil de operações do setor, que envolve a movimentação de grandes máquinas a diesel para a extração mineral e a necessidade de alteração da vegetação para limpeza do solo.
O estudo também indicou que, com avanços tecnológicos e iniciativas inovadoras, é possível que a mineração se torne menos intensiva em carbono no futuro. Dentre as possíveis ações para descarbonização, sugere-se a adoção do hidrogênio verde para caminhões e equipamentos de mineração. No entanto, é ressaltada a necessidade de um arcabouço regulatório sólido para viabilizar essa transição.
Outra medida proposta é a eletrificação de equipamentos e frota, mas são destacados obstáculos como o aumento do consumo de energia elétrica, o tempo de carregamento das baterias dos veículos e a disponibilidade de veículos e capacidade. Assim, a indústria mineral enfrenta desafios em relação à redução de suas emissões de gases de efeito estufa, mas também vislumbra possibilidades de transformação rumo a uma mineração mais sustentável.
