O Fundo destacou a resiliência da economia brasileira nos últimos dois anos, com a inflação dentro da meta estabelecida. Previu que o crescimento do país irá moderar no curto prazo, antes de se fortalecer nos próximos anos. Além disso, enfatizou a melhoria nos riscos para as perspectivas de crescimento, especialmente com a reforma tributária em pauta, que visa simplificar os impostos e impulsionar a atividade econômica e a geração de emprego.
Em relação à inflação, o FMI ajustou suas previsões, passando de uma alta de 4,1% para 3,7% no IPCA ao final deste ano. Destacou que a política monetária adotada tem sido adequada e compatível com as metas de inflação, ressaltando a necessidade de flexibilidade por parte do Banco Central quanto à redução dos juros.
Sobre as contas públicas, o FMI elogiou as medidas do governo para reduzir o déficit, mas alertou que é preciso considerar tanto o aumento da arrecadação quanto a redução de despesas. Recomendou a eliminação de renúncias tributárias ineficientes, a ampliação da base tributária e o controle dos gastos para garantir a sustentabilidade da dívida pública e abrir espaço para investimentos prioritários.
Assim, o Fundo Monetário Internacional enfatizou a importância de um esforço fiscal mais ambicioso e sustentado, com medidas que visem tanto a receita quanto a despesa, a fim de posicionar a dívida pública em uma trajetória descendente e apoiar o crescimento econômico no Brasil.