Os números divulgados pelo governo do estado apontam que até as 9h de terça-feira (28) havia 48.789 pessoas em abrigos e 581.638 desalojadas. Além disso, foram registrados 806 feridos entre os 2.345.400 atingidos pela situação de calamidade. A falta de energia elétrica ainda afeta milhares de pessoas, porém o abastecimento de água, feito pela Corsan, foi normalizado de acordo com os registros.
Na capital, Porto Alegre, o tratamento de água tem sido prejudicado pelo acúmulo de lixo e partículas na água, o que tem dificultado o processo de purificação e distribuição da mesma, de acordo com o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
A decisão de deixar suas casas, mesmo que danificadas, foi difícil para muitos moradores do estado, principalmente para aqueles que precisaram se abrigar temporariamente. Esse número atingiu o pico em 12 de maio, com 81.200 pessoas abrigadas. A quantidade atual de desabrigados (48.789) é maior do que a população de 451 cidades gaúchas.
Além disso, os 581 mil desalojados representam 5,3% dos 10.882.965 habitantes do Rio Grande do Sul, de acordo com dados do Censo Demográfico. A falta de previsão de retorno de luz e água tem levado muitas pessoas a buscar abrigo com parentes e amigos, enquanto as concessionárias de energia elétrica, CEEE Equatorial e RGE Sul, trabalham para restabelecer o serviço em todas as regiões afetadas.
A população afetada pelas chuvas vem lidando não apenas com a perda de suas residências, mas também com interrupções de serviços essenciais, como telefonia e internet. Algumas cidades, como Muçum, ainda aguardam a retomada desses serviços, enquanto a população busca alternativas para se manter comunicada durante esse período difícil.