Mesmo recebendo alguns complementos do Ministério da Educação (MEC) para se manter operante, a UFRJ não recebeu investimentos em sua infraestrutura predial, rede de internet ou qualquer outra área. As sucessivas reitorias têm se esforçado para manter a universidade funcionando diante de uma degradação crescente, mas o conselho universitário destaca que a situação chegou a um ponto crítico.
Apesar de ter iniciado um processo de recomposição orçamentária, o conselho considera que o governo federal está longe de atender às necessidades da UFRJ e cobrir os passivos acumulados ao longo dos anos. Por isso, a carta faz um apelo para que o governo federal, outras esferas governamentais, empresas e a sociedade como um todo apoiem a UFRJ e a ajudem a restabelecer seu papel como uma instituição de destaque no Rio de Janeiro.
Diante desse cenário, os estudantes da UFRJ anunciaram uma greve a partir do dia 11 de junho, reivindicando não apenas o reajuste salarial dos trabalhadores da universidade, mas também um plano nacional de assistência estudantil, a recomposição orçamentária e o fim das políticas de austeridade fiscal. O coordenador-geral do DCE, Alexandre Borges, destaca a importância da união de estudantes, professores, técnicos e terceirizados na luta por um orçamento adequado para a universidade pública e dignidade para estudar. A UFRJ, que abriga 60 mil alunos de graduação, 15 mil de pós-graduação e 700 alunos do Colégio de Aplicação, é considerada a terceira melhor universidade do país, segundo o QS World University Rankings.