O senador Paulo Paim, presidente do colegiado, classificou a calamidade como a pior já registrada no Brasil e ressaltou a necessidade de um pensamento voltado para o bem-viver, o desenvolvimento sustentável e a construção de um projeto de nação que respeite o meio ambiente e os direitos humanos. Paim alertou para a devastação do Pampa gaúcho, apontando que é o segundo bioma mais impactado do Brasil, perdendo apenas para a Mata Atlântica.
Acatando as preocupações dos senadores, o relator da comissão, senador Hamilton Mourão, destacou a urgência em fortalecer os sistemas de alerta precoce, capacitar as comunidades para a resposta a desastres e promover a educação ambiental. Mourão salientou os questionamentos necessários diante da catástrofe, incluindo as causas naturais e antrópicas do desastre, os danos humanos e ambientais, os prejuízos sociais e econômicos e as ações em curso para socorrer as vítimas e restabelecer os serviços essenciais no estado.
Com 80% da economia estadual atingida e bilhões de reais em danos patrimoniais, a comissão externa, composta por oito senadores, esteve em diligência no estado na última quinta-feira (23), ouvindo autoridades locais e visitando áreas afetadas. Os senadores planejam apresentar uma pauta mínima de ações legislativas para auxiliar o Rio Grande do Sul. O senador Paim agradeceu a solidariedade de todo o Brasil e de outros países, destacando o papel dos voluntários, defesa civil, Forças Armadas, bombeiros e polícias. A mobilização da Liga do Bem, coordenada pela gaúcha Ilana Trombka, também foi enaltecida pelo senador.