A base aérea de Canoas, localizada na região metropolitana de Porto Alegre, passou a receber voos comerciais como alternativa para minimizar os impactos do fechamento do aeroporto principal. Cerca de 170 passageiros chegaram à cidade em quatro ônibus e foram conduzidos ao Canoas Park Shopping, que foi adaptado para funcionar como terminal de embarque e desembarque durante essa emergência.
Entre os passageiros, estava a psicopedagoga Clarissa Candiota, que esperava ansiosamente o retorno de sua filha Marta Karrer, que estava em São Paulo desde meados de abril. O reencontro foi adiado por 24 dias devido à situação caótica causada pela inundação.
Outro caso emocionante foi o da gerente administrativa Juliana Duarte, que teve a casa inundada em Porto Alegre e ficou separada de sua filha Isabela por mais de 19 dias além do previsto devido ao fechamento do aeroporto. A emoção tomou conta de Juliana ao falar sobre a dificuldade vivida, mas também sobre a alegria do reencontro.
As operações em Canoas são consideradas emergenciais, com rotas conectando a cidade aos aeroportos de São Paulo. A Latam já iniciou os voos na base aérea, enquanto a Azul e Gol têm previsão de início para sábado (1º). A medida faz parte de uma malha aérea emergencial implementada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que visa atender a demanda de voos extras semanais em nove terminais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Canoas deve receber 35 voos semanais, sendo um dos principais destinos dessa nova malha aérea. A expectativa é que essa medida ajude a minimizar os impactos da situação de emergência causada pelas chuvas na região, oferecendo alternativas para passageiros e companhias aéreas afetadas pelo fechamento do Aeroporto Salgado Filho.