Os manifestantes, liderados por Claudia Rodrigues, uma catadora de material reciclável e moradora da região, reivindicavam a ativação das bombas para retirar a água que invadiu várias residências da região e causou transtornos há mais de um mês. Claudia, juntamente com seu marido, estão acampados sob um viaduto próximo de casa, aguardando a diminuição do nível da água para retornarem à normalidade.
O protesto ocasionou um grande congestionamento no trânsito que conecta Porto Alegre à região de Canoas, onde está localizada a Base Aérea. Autoridades do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) compareceram ao local para negociar com os manifestantes. Após as negociações, ficou acordado o envio de uma bomba móvel hidráulica emprestada pela Sabesp, companhia de água e esgoto de São Paulo, que estava sendo utilizada em outro ponto da cidade e só chegou cerca de 20 dias após a inundação.
De acordo com o Dmae, a região conta com uma Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) que, apesar de funcionar com apenas dois motores dos quatro disponíveis desde a enchente, ainda presta assistência à comunidade do Humaitá. O departamento divulgou em suas redes sociais um vídeo da instalação da bomba móvel da Sabesp.
É importante ressaltar que o estado do Rio Grande do Sul, especialmente a região leste, vem sofrendo com constantes chuvas e inundações. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de perigo para chuvas intensas na Região Sul do país, incluindo o leste do Rio Grande do Sul, o que pode agravar ainda mais a situação das áreas afetadas. A região metropolitana de Porto Alegre já apresenta sinais de alagamentos e fortes chuvas, com riscos de cortes de energia elétrica e outros transtornos.
