Essa divisão entre as entidades não é algo novo, tendo sido observada em greves anteriores, como as de 2012 e 2015, em que o Proifes aceitou as propostas do governo e encerrou a mobilização antes do Andes-SN. A Proifes, em comunicado, afirmou que o Conselho Deliberativo da entidade considerou que as consultas e assembleias realizadas foram democráticas e que a maioria dos sindicatos federados aprovou a proposta apresentada.
Por outro lado, o presidente da Andes-SN, Gustavo Seferian, criticou a atitude do governo federal de assinar o acordo apenas com uma entidade em uma reunião fechada, classificando-a como autoritária. Ele afirmou que a luta continua e que é preciso resistir contra esse “engodo” que está sendo construído. A Andes-SN também reivindica a recomposição do orçamento das universidades federais.
A proposta apresentada pelo MGI inclui aumentos variando de 13,3% a 31% até 2026, com reajustes começando em 2025. Os aumentos serão maiores para as categorias com menores salários, e o governo ressaltou que os professores terão ganhos acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026. A proposta anterior previa reajustes menores, mas o governo afirmou ter melhorado a oferta em todos os cenários.
Diante desse cenário de divisão e resistência, a negociação entre os professores grevistas e o governo continua, com desafios e expectativas para ambas as partes envolvidas.