Nova assistente virtual da OpenAI, Sky, é comparada à voz de Scarlett Johansson e gera polêmica

A consagrada atriz Scarlett Johansson é conhecida por sua capacidade de tornar qualquer coisa sexy. Muitos a consideram a Marilyn Monroe contemporânea, um ícone que desperta fascínio por onde passa.

Além de seus atributos físicos e sua aura misteriosa, Johansson também é agraciada com uma voz poderosa. Descrições como meio rouca, meio sussurrada, aveludada e provocativa são frequentemente utilizadas para descrever sua voz, que foi comparada por alguns a uma “voz reconfortante”. Essa combinação de atributos faz com que Johansson seja a personificação do desejo masculino, do ideal feminino e até mesmo do que assistentes virtuais aspiram ser.

Aproveitando-se desse magnetismo, a OpenAI lançou uma nova versão do ChatGPT que agora tem a capacidade de falar, ler e ouvir em tempo real, com a engenhosa escolha de utilizar a voz de Johansson como base. Durante a apresentação do produto, muitos espectadores ficaram impressionados com a semelhança da voz da assistente Sky com a da atriz, embora tenham sido prontamente corrigidos pelo porta-voz da OpenAI, que afirmou que a voz da assistente não foi planejada para se parecer com a de Johansson.

Curiosamente, a voz de Sky pode ter sido subconscientemente inspirada na personagem Samantha, uma assistente de IA interpretada por Johansson no filme “Her” (2013). Essa conexão pode explicar as coincidências envolvendo um convite prévio feito à atriz para emprestar sua voz ao sistema e sua postagem enigmática com a palavra “She” pouco antes do lançamento do produto.

Apesar dos mal-entendidos e comparações com o filme “Her”, a OpenAI decidiu suspender a voz de Sky e manter outras opções de vozes disponíveis, como Breeze, Cove, Ember e Juniper, que seguem a mesma estratégia. O novo modelo, chamado de ChatGPT-4-o (de “omni”), promete uma linguagem senciente, com capacidade de experimentar sensações e emoções.

No entanto, a percepção geral é de que a IA apresenta características femininas projetadas por homens, sendo subserviente, carinhosa e compreensiva. Ela é ágil nas respostas, reconhece emoções dos usuários e até flerta, sem exigir nada em troca. Essa evolução tecnológica levanta questionamentos sobre até que ponto as máquinas podem se aproximar da consciência humana, e se representam uma ameaça à humanidade.

Para a neurociência, a capacidade de sentir é o que nos diferencia das formas artificiais de raciocínio. A inteligência emocional e a consciência são qualidades essenciais da humanidade que as IAs, por mais avançadas que sejam, não conseguem replicar. É um debate em aberto sobre os limites e possibilidades da inteligência artificial, e como ela impactará a nossa definição de humanidade no futuro.

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