Essa decisão vem após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter apresentado uma denúncia ao STF no dia 7 de maio. A operação que resultou nas prisões relacionadas ao caso contou com a colaboração da PGR, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A Polícia Federal, durante as investigações, utilizou informações de casos e acontecimentos anteriores para concluir que a atuação de Rivaldo Barbosa dentro da Polícia Civil teria criado uma organização criminosa suspeita de diversos crimes, como corrupção, obstrução, tráfico de influência, fraudes processuais e abuso de autoridade.
Os investigadores apontam o período de 2015 a 2019, durante a gestão de Barbosa, como crucial para a articulação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele é suspeito de ter planejado as mortes juntamente com os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, ambos apontados como mandantes do crime.
A Polícia Federal destacou em um relatório que a Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob a liderança de Rivaldo Barbosa, tornou-se um ambiente propício para organizações criminosas encontrarem impunidade. Barbosa assumiu a direção da Divisão de Homicídios em 2015 e posteriormente tornou-se chefe da Polícia Civil, cargo que ocupou até 2019 com o fim da intervenção federal no Rio de Janeiro.
Essas novas informações são cruciais para o andamento das investigações e o desenrolar do caso que chocou o país. A intimação do delegado Rivaldo Barbosa representa um passo importante para a busca da verdade e da justiça no caso Marielle Franco.