De acordo com as informações divulgadas pelo Exército, os militares não checaram a veracidade da informação com as devidas autoridades antes de repassá-la à população. Essa falha foi classificada como um grave erro de procedimento pela Força, que se solidarizou com os moradores impactados pelo falso alerta e pediu desculpas pelo ocorrido.
Essa situação ocorreu em meio a uma série de desastres causados pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final do mês de abril. A Defesa Civil estadual registrou até o momento 169 mortes e mais de 2,34 milhões de gaúchos foram afetados direta ou indiretamente pela tragédia. A cidade de Canoas foi uma das mais atingidas, com 27 óbitos e a decretação de situação de calamidade pública.
Além dos problemas causados pelas chuvas, outro agravante foi a disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news. Estas informações inverídicas acabam dificultando os trabalhos de resgate e assistência às vítimas, além de contribuir para a propagação do medo e incertezas no momento de crise.
Diversos pesquisadores de universidades renomadas no Brasil têm destacado o papel das redes sociais na disseminação destas fake news e a necessidade de combate a essas informações enganosas. Recentemente, a Advocacia-Geral da União (AGU) fechou acordos com plataformas de redes sociais para combater a desinformação sobre as ações do governo federal relacionadas às enchentes que ocorrem no Rio Grande do Sul.
Diante de tantos desafios e crises, é fundamental que haja um esforço conjunto entre as autoridades, sociedade civil e a imprensa para combater a disseminação de informações falsas e garantir a segurança e bem-estar da população afetada por essas catástrofes naturais.