Primeiramente, os recursos obtidos serão destinados ao refinanciamento da carteira de crédito sustentável do Banco do Brasil, com foco especial em projetos de moradia social. Em segundo lugar, o conglomerado se compromete publicamente com metas ESG – boas práticas ambientais, sociais e de governança – destacando a importância desses aspectos em suas ações. Por fim, a operação contou com a garantia dos títulos verdes do Tesouro Nacional, emitidos no ano passado, o que aumenta a segurança para o investidor e reforça o compromisso do BB com práticas sustentáveis.
Segundo o vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, essa emissão contribuirá para apoiar a agenda verde dos clientes da instituição. Além disso, a transação foi realizada a um custo atrativo, apesar de não ter divulgado a taxa praticada. Segundo Sasseron, a inclusão de critérios ASG pode mitigar riscos financeiros, sociais e climáticos, tornando os ativos mais atrativos.
A operação também marca a estreia do novo Framework de Dívidas Vinculadas à Sustentabilidade do Banco do Brasil, que foi atualizado recentemente. Esse framework define as regras para as emissões do banco, que se comprometeu a aumentar os investimentos em negócios sustentáveis para R$ 320 bilhões até 2030. A S&P Global Ratings projeta que o mercado global de dívidas sustentáveis ultrapassará a marca de US$ 1 trilhão este ano, com expectativa de que as operações na América Latina alcancem entre US$ 45 bilhões e US$ 55 bilhões até 2024. O Brasil, o Chile e o México devem liderar essas emissões, com destaque para as operações sustentáveis como a realizada pelo Banco do Brasil em parceria com o Natixis CIB.
Essa transação reforça a importância do Brasil no mercado global de finanças sustentáveis e coloca o Banco do Brasil em destaque nessa agenda, firmado com o apoio de parceiros internacionais.