Aumento de casos de coqueluche em São Paulo preocupa autoridades de saúde: cobertura vacinal em queda é apontada como principal causa.

O estado de São Paulo enfrenta um aumento significativo nos casos de coqueluche, uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella. A Secretaria Municipal da Saúde confirmou 37 casos este ano, sendo 32 apenas na capital paulista. Esse número representa um aumento de quatro vezes em relação ao ano anterior, de acordo com as autoridades de saúde.

A cobertura vacinal da coqueluche é fundamental para prevenir a propagação da doença. A vacina pentavalente, que combate também difteria, tétano, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenzae B, é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços aos 15 meses e 4 anos.

A coqueluche é altamente transmissível, podendo gerar até 17 casos secundários a cada infecção. Essa característica torna a doença tão perigosa quanto o sarampo e a varicela, sendo muito mais contagiosa do que a Covid-19. Por isso, é essencial manter a cobertura vacinal em dia, especialmente em tempos de clima ameno ou frio, quando as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados.

Apesar de não ser uma doença nova, o aumento dos casos de coqueluche preocupa os especialistas de saúde. O infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira alerta para a importância da vacinação das gestantes, pois os anticorpos transmitidos para o bebê durante a gestação podem protegê-lo nos primeiros meses de vida. A cobertura vacinal das gestantes ainda é baixa, o que contribui para a propagação da doença.

Portanto, é essencial que a população esteja ciente da importância da vacinação para prevenir não só a coqueluche, mas diversas outras doenças imunopreveníveis. A vacinação é a medida mais segura e eficaz para proteger a saúde de todos, garantindo uma sociedade mais saudável e protegida contra doenças evitáveis.

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