O Índice de Inclusão Educacional (IIE) foi criado pelo Instituto Natura em parceria com a Metas Sociais, liderada por Reynaldo Fernandes, renomado professor de economia da USP. Diferentemente de outros indicadores educacionais, o IIE avalia o desempenho de toda uma geração, analisando quantos jovens conseguiram concluir o ensino médio até os 18 anos com notas consideradas satisfatórias no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
Ao analisar os resultados, fica evidente que o Brasil enfrenta grandes desafios na área da educação. O índice revela que apenas São Paulo, o estado com o melhor desempenho, forma 27% dos jovens com aprendizado considerado suficiente, enquanto no Amapá, com a pior performance, apenas 6,5% atingem esse patamar.
É importante ressaltar que, apesar de os dados referirem-se à geração de 2019, especialistas afirmam que a pandemia da Covid-19 agravou problemas já existentes no sistema educacional brasileiro. O fechamento prolongado das escolas impactou a aprendizagem dos estudantes e distorceu os resultados das avaliações, tornando urgente a implementação de políticas públicas eficazes na área da educação.
Apesar do cenário alarmante, os especialistas acreditam que é possível reverter essa situação. Estados como Ceará e Pernambuco, que desenvolveram políticas públicas mais robustas na educação, apresentaram resultados acima da média nacional, evidenciando que ações consistentes podem gerar impactos positivos no desempenho dos alunos.
O Índice de Inclusão Educacional não apenas revela a realidade educacional do Brasil, mas também serve como um alerta para a urgência de investimentos e melhorias no sistema de ensino, garantindo que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade, na idade correta e com aprendizado satisfatório. A educação é a base para o desenvolvimento de um país, e a reversão desse cenário preocupante é essencial para garantir um futuro promissor para as gerações futuras.