Alunos de São Paulo se preparam para reconstruir escolas no Rio Grande do Sul devastado pelas cheias em ação solidária.

Um grupo de alunos da escola Castanheiras, localizada em Alphaville, na Grande São Paulo, decidiu ir além das arrecadações de doações e planeja viajar ao Rio Grande do Sul para ajudar na reconstrução de escolas devastadas pelas cheias. A ideia surgiu a partir da própria iniciativa dos jovens, que se mobilizaram para realizar uma gincana de arrecadação de donativos e também desenvolver um projeto para atuar diretamente no estado atingido.

Os estudantes, liderados por Rafaella Marcondes e Maria Clara Fedato, estão organizando uma viagem para o mês de agosto, após o momento inicial de solidariedade em que muitas pessoas prestaram ajuda ao RS. O grupo, composto por 20 voluntários, receberá treinamento em pedagogia de emergência para dar suporte às comunidades afetadas.

Além disso, um pequeno grupo de lideranças dos alunos acompanhado pela diretora da escola, Cláudia Siqueira, fará uma visita técnica prévia ao estado para se reunir com ONGs e instituições locais, a fim de planejar como poderão contribuir para a reconstrução das escolas. A advogada do Rio Grande do Sul também participou de uma reunião online com os alunos para compartilhar informações sobre a situação das vítimas das cheias.

As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram cerca de 55% das escolas do estado, deixando aproximadamente 173 mil estudantes sem aulas, sem previsão de retorno. Algumas escolas, como a EMEI Família Feliz, em Muçum, foram reconstruídas após danos anteriores e novamente atingidas pelas inundações recentes.

Diante desse cenário desolador, o governo estadual estuda a possibilidade de construir escolas de campanha nas regiões mais afetadas. Enquanto isso, novos alagamentos ocorreram em Porto Alegre e região metropolitana, levando à suspensão das aulas presenciais e à utilização de escolas não afetadas como abrigo e ponto de apoio para as vítimas.

A ação dos alunos da escola Castanheiras mostra como a solidariedade e a compaixão podem mobilizar jovens a se envolver ativamente na reconstrução de comunidades atingidas por desastres naturais. É um exemplo inspirador de empatia e engajamento cidadão, que promete trazer não apenas ajuda prática, mas também crescimento pessoal e conscientização sobre a realidade fora da “bolha” em que muitos vivem.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo