Mãe: a arte de se desdobrar em muitas, mas nunca substituir a presença paterna e outras figuras importantes para a criança.

Mãe, o ser humano mais multifacetado que existe. Capaz de se dividir em várias para dar conta de todas as demandas que a maternidade impõe. Mas será que isso é realmente necessário? Será que devemos nos desdobrar em tantas para suprir todas as necessidades dos filhos?

É claro que a presença materna é fundamental na vida de uma criança, mas será que devemos tentar substituir o papel do pai? Ou dos avós, com toda a sua experiência e afeto acumulado ao longo dos anos? E o que dizer dos padrinhos, vizinhos, professores e tantas outras figuras importantes na formação de uma criança?

Podemos até tentar ensinar matemática com ingredientes de uma receita, mostrar planetas e estrelas, recortar formas geométricas na massa fresca, mas nada disso substituirá a escola e a figura do professor. Cada pessoa tem seu papel único na vida de uma criança, e é importante que elas sejam expostas a essa diversidade desde cedo.

Muitas mães se desdobram em várias, fazendo malabarismos para dar conta de tudo: cuidar dos filhos, da casa, do trabalho, da vida social. Mas será que isso é saudável? Será que devemos passar para os nossos filhos a ideia de que a mãe deve ser uma super-heroína, capaz de dar conta de tudo?

É importante lembrar que o Estado também tem responsabilidades na criação e educação das crianças. Não podemos nos sobrecarregar com tarefas que deveriam ser compartilhadas com a sociedade como um todo. Ser mãe é importante, mas também é importante ser apenas uma, sem se perder no meio de tantas exigências e expectativas.

A maternidade é uma construção contínua, e cabe a cada mulher decidir de que forma quer vivenciá-la. Não devemos nos sentir obrigadas a nos desdobrar em tantas para atender a todos os requisitos da vida moderna. É hora de repensar o papel da mãe na sociedade e buscar um equilíbrio entre as diferentes facetas que essa função requer.

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