Repórter São Paulo – SP – Brasil

Após desastres naturais, reconstrução e resiliência são chaves para regiões afetadas, mostra estudo da Folha de São Paulo.

Após enfrentarem desastres naturais de proporções gigantescas, regiões como o Rio Grande do Sul podem se reconstruir de forma mais eficiente e resiliente, aprendendo lições valiosas com as tragédias. No caso do estado brasileiro, que vem sofrendo com enchentes desde o final de abril e já contabiliza mais de 160 mortes, a reconstrução deve ser feita com cuidado e planejamento.

Segundo Abhas Jha, gerente de mudanças climáticas e gestão de risco de desastres para o sul da Ásia do Banco Mundial, é comum que, após desastres de grande magnitude, haja pressão sobre os governos para iniciar imediatamente a reconstrução. No entanto, é fundamental que o processo seja feito com instituições adequadas e planejamento para garantir a eficiência e resiliência das novas estruturas.

No Japão, por exemplo, que enfrentou um terremoto, um tsunami e um acidente nuclear em 2011, a reconstrução tem sido gradual e bem planejada. O país reconstruiu boa parte das estruturas afetadas, incluindo casas, hospitais e estradas, utilizando técnicas de construção otimizadas para abalos sísmicos e proteção contra tsunamis. Apesar dos avanços, a desinfecção total da área afetada pelo acidente nuclear de Fukushima ainda é um desafio que pode levar décadas para ser concluído.

Outro exemplo de reconstrução após um desastre natural é a ilha da Madeira, em Portugal, que enfrentou uma das enchentes mais devastadoras de sua história em 2010. O processo de recuperação incluiu o financiamento de instituições europeias e a implementação de medidas de prevenção, como a instalação de grandes barragens para controlar sedimentos em áreas vulneráveis.

Assim, a reconstrução pós-desastres pode ser uma oportunidade para ampliar a resiliência das cidades e adaptá-las às mudanças climáticas, reduzindo os riscos de novos eventos catastróficos. Cada região deve avaliar as lições aprendidas com as tragédias e reconstruir de forma mais eficiente e sustentável, priorizando a segurança e o bem-estar da população.

Sair da versão mobile