Segundo o CBO, entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, os médicos oftalmologistas na rede pública ofereceram tratamento gratuito para esses pacientes, o que teve um impacto positivo na redução das chances de desenvolvimento de quadros graves da doença. Estima-se que mais de 1,7 milhão de pessoas no Brasil tenham glaucoma, com uma prevalência de cerca de 2% na população acima de 40 anos.
O glaucoma é mais comum em indivíduos negros e mulatos, e fatores como histórico familiar da doença, etnia, miopia e pressão intraocular elevada aumentam a probabilidade de desenvolver a condição. A detecção precoce é fundamental para evitar a perda visual, e tratamentos médicos, incluindo o uso de colírios fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são essenciais para controlar a progressão da doença.
O Brasil estabeleceu, desde 2008, o Programa de Atenção ao Paciente Portador de Glaucoma, que fornece colírios de primeira, segunda e terceira linhas de tratamento gratuitamente pelo SUS. Em 2023, foram registradas mais de 1,2 milhão de retiradas de medicamentos, o que resultou no tratamento de aproximadamente 307 mil casos de glaucoma.
Entre 2019 e 2023, uma média de 280 mil pacientes por ano foram beneficiados com tratamentos clínicos para o glaucoma em todo o Brasil. A maioria dos pacientes tratados tem mais de 40 anos e o acesso aos medicamentos beneficia principalmente as mulheres. O glaucoma é uma doença séria que pode levar à cegueira irreversível, por isso a conscientização e o acompanhamento médico regular são essenciais para prevenir a progressão da doença.
