Entre os produtos mais exportados em São Paulo, destacam-se açúcares e produtos de confeitaria, combustíveis e óleos minerais, e reatores nucleares, caldeiras e máquinas. Já no ABC, chamam a atenção as exportações de armas e munições, borracha e plástico. A região também teve uma queda significativa nas importações, com uma redução de 13,8% em relação ao ano anterior.
Segundo Norberto Luiz Perrella, diretor titular do Ciesp regional, a variação nos índices é algo normal e esperado, visto que algumas empresas podem se destacar em determinados períodos. No entanto, Perrella ressaltou a importância de uma indústria regional mais bem articulada para atrair investimentos e impulsionar a economia local. Ele também comentou sobre a necessidade de um maior envolvimento das gestões públicas para promover discussões e projetos que possam impulsionar o desenvolvimento regional.
Em São Bernardo do Campo, polo considerado berço da indústria automobilística, as exportações também sofreram uma queda de 10,99% em relação ao ano anterior. Os principais mercados foram a Argentina, México e Estados Unidos. Por outro lado, as importações da cidade tiveram um leve aumento de 1,6%, com destaque para origens como Alemanha, Suécia e China. Os produtos mais exportados foram automóveis e tratores, máquinas mecânicas e cobre, enquanto as importações se concentraram em veículos automóveis e tratores, máquinas mecânicas e materiais elétricos.
Apesar dos desafios, os diretores do Ciesp regional acreditam que a região ainda possui potencial para atrair novos investimentos e alavancar a economia. No entanto, ressaltam a importância de uma política pública focada em direcionar os investimentos necessários e melhorar a mobilidade na região. Com um planejamento estratégico bem definido, o ABC poderá recuperar sua força industrial e atrair novos negócios, impulsionando a economia local e contribuindo para o crescimento do estado de São Paulo.
