Os dados revelados mostram que 73% dos brasileiros entrevistados acreditam que o governo deveria oferecer incentivos às empresas que implementassem a semana de trabalho de quatro dias. Para 54% das pessoas, uma jornada menor resultaria em uma melhora na qualidade de vida dos trabalhadores, principalmente no que diz respeito à saúde mental. Por outro lado, 34% dos participantes não acreditam que haveria diferença e 9% acreditam que a situação poderia piorar. Os demais entrevistados não souberam ou optaram por não responder.
Entre os que temem que a redução da jornada de trabalho possa prejudicar a qualidade de vida dos trabalhadores, a principal preocupação está relacionada à possível diminuição da renda. No entanto, quando questionados sobre a diminuição da jornada de cinco para quatro dias sem redução salarial, cerca de metade dos brasileiros (51%) acreditam que essa iniciativa seria benéfica.
A pesquisa também revelou que os entrevistados possuem opiniões divergentes em relação à produtividade. Enquanto 35% acreditam que a produtividade aumentaria com a redução da jornada, 21% acreditam que diminuiria e 40% não acreditam que haveria impacto na produtividade. Da mesma forma, as percepções sobre os impactos da redução da jornada nas empresas também são variadas, com 40% acreditando que não afetaria, 21% prevendo lucros e 33% prevendo prejuízos.
A senadora Soraya Thronicke, por meio de uma parceria com o Instituto DataSenado, promoveu a pesquisa com o intuito de entender melhor a opinião dos brasileiros sobre a carga horária, produtividade e qualidade de vida dos trabalhadores do país. Com base nos resultados, a senadora apresentou um projeto de lei para instituir o Diploma Empresa Ideal, destinado às empresas que se comprometerem com a qualidade de vida dos funcionários, incluindo a redução da jornada semanal de trabalho, o respeito às normas de proteção do mercado de trabalho da mulher, entre outros critérios.
Essa mudança de cultura e paradigma reflete o desejo da população por melhores condições de trabalho e bem-estar, além de indicar uma crescente aceitação da semana de trabalho de quatro dias como uma possibilidade viável para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.