O jornalista que viveu na região de Higienópolis por quase oito anos destaca a importância do transporte público e como ele beneficia a vida dos moradores. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o Jardim de Alah, um parque abandonado há décadas, foi concedido à iniciativa privada para ser restaurado e explorado comercialmente nos próximos 35 anos. Essa decisão gerou divergências entre os moradores, com parte deles acusando o projeto de descaracterização do espaço.
A discussão em torno do Jardim de Alah reflete um embate maior na sociedade, entre aqueles que buscam manter seus privilégios e os que defendem a democratização dos espaços públicos. Os moradores endinheirados são vistos como NIMBYS, sigla que significa “Not in my backyard” (não no meu quintal), por se oporem a mudanças que possam acabar com seus privilégios.
O projeto de revitalização do Jardim de Alah, assinado por renomados arquitetos, promete trazer benefícios para a comunidade, incluindo a integração da Cruzada São Sebastião, um conjunto habitacional de classe média baixa. A expectativa é de que a remodelação do espaço gere impactos positivos, como a inclusão social e o resgate da história local.
Apesar das idas e vindas na Justiça, com ações movidas pelo Ministério Público e audiências para esclarecer as intervenções previstas, a briga entre os moradores e o consórcio vencedor continua. O jornalista ressalta que, no final das contas, as cidades sempre perdem quando os interesses individuais se sobrepõem ao bem comum.