Essa proposta foi elaborada em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a concessionária Metrô-Rio e as empreiteiras Novonor (antiga Odebrecht) e Carioca Engenharia, que são as responsáveis pelas obras. As partes firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) visando a retomada das atividades na estação da Gávea.
A estação da Gávea estava incluída na Linha 4, um projeto antigo que passou por várias modificações e só foi concretizado devido à escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. As obras para ligar a estação General Osório, em Ipanema, à estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, custaram cerca de R$ 9,6 bilhões.
As empreiteiras envolvidas nas obras da estação da Gávea foram alvo de investigações relacionadas a esquemas de corrupção, resultantes da Operação Lava-Jato, e foram acusadas de superfaturamento. Em 2021, o TCE-RJ determinou o ressarcimento e a aplicação de multas, estimando um prejuízo de R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos.
Com as obras paralisadas desde 2015, a estação da Gávea foi a única prevista que não foi concluída. O TAC para a retomada dos trabalhos foi entregue ao TCE-RJ pelo secretário estadual de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis, em 14 de maio.
Detalhes do acordo com as empreiteiras não foram divulgados, mas a concessionária MetrôRio se comprometeu a aportar cerca de R$ 600 milhões, permanecendo à frente da operação do serviço por mais dez anos. A Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana informou que as negociações foram intensas e buscaram um desfecho positivo para a população.
O MPRJ destacou que as obras do Metrô na Gávea estão sendo tratadas em diferentes níveis, incluindo acordos de não persecução cível e de leniência em processo administrativo de responsabilização. O TCE-RJ afirmou estar empenhado em dar celeridade na apreciação do Termo de Ajustamento de Conduta, visando resolver a situação da estação da Gávea o mais rápido possível.
