O cenário internacional também foi marcado pela progressão dos rendimentos dos Treasuries, em consonância com dados preliminares sobre o Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos Estados Unidos em maio, que indica a possibilidade de juros altos por um período mais longo na maior economia do mundo. Essa perspectiva contribuiu para que investidores considerassem a renda fixa como uma opção atraente, refletindo na curva de juros dos EUA e ajustando as expectativas em relação à taxa Selic no Brasil.
Charo Alves, especialista da Valor Investimentos, destaca que o cenário externo continua desafiador, com projeções de manutenção de juros elevados por mais tempo do que o esperado. O Ibovespa encerrou o dia com uma queda de 0,73%, atingindo 124.729,40 pontos, o que representa o quinto revés consecutivo para o índice, além de ser a quinta menor marca do ano para fechamentos. O volume financeiro também diminuiu em relação ao dia anterior, totalizando R$ 22,0 bilhões.
Na B3, quase todas as ações de primeira linha registraram perdas, refletindo a cautela dos investidores em relação aos juros americanos e às incertezas fiscais internas. Suzano foi um dos destaques positivos do dia, com alta de 3,68%, enquanto MRV, Carrefour, Magazine Luiza e Hapvida apresentaram as maiores quedas. As ações da Vale e Petrobras também registraram perdas, assim como os principais bancos do país.
No mercado internacional, a expectativa em torno dos juros americanos sofreu uma reviravolta, com pressão nos rendimentos dos Treasuries que impactou o desempenho do Nasdaq. O impulso inicial da empresa Nvidia, com resultados acima do esperado, não foi suficiente para reverter a tendência de queda no final do dia. Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos, destaca que os resultados da Nvidia foram positivos, impulsionando o setor de inteligência artificial e contribuindo para um rali no mercado de ações.
