As acusações vão desde frases misóginas, sexuais e racistas até condutas perturbadoras durante as atividades acadêmicas. Alunos mencionam situações em que o professor fez comentários inapropriados sobre corpos femininos, questionou alunas sobre sair com ele “em uma situação hipotética” e desenhou uma vagina na lousa durante uma aula sobre relações internacionais.
Além disso, há relatos de comentários depreciativos em relação à higiene íntima das mulheres, questionamentos preconceituosos em relação a um aluno negro e desrespeito ao gênero de uma estudante transexual. A gravidade das denúncias levou a Unesp a considerar a possibilidade de afastamento preventivo do professor, embora o caso ainda esteja sob investigação.
Em nota, a universidade ressaltou que todas as denúncias de assédio recebidas pela gestão atual foram devidamente apuradas e, quando comprovadas, os responsáveis foram punidos. Além disso, foi disponibilizado um serviço de acolhimento a vítimas de violência e assédio, bem como atendimento psicológico.
A Unesp reiterou seu compromisso com uma política educativa de enfrentamento ao assédio, violência e desrespeito aos direitos humanos. O caso do professor Rafael Salatini segue em apuração e a instituição se comprometeu a seguir o rito processual estabelecido, aguardando os desdobramentos das investigações para tomar as medidas cabíveis.