Para o ministro, as big techs não devem ser as únicas entidades sem regulação em todo o mundo e acredita que uma possível interpretação do STF sobre o artigo 19 do Marco Civil já seria suficiente para promover maior responsabilidade por parte dessas empresas. Ele ressaltou que as empresas de tecnologia não podem mais se declarar como meros repositórios de conteúdo, uma vez que se beneficiam financeiramente da desinformação disseminada em suas plataformas.
Durante seu discurso, Moraes alertou para a necessidade de ações que garantam a liberdade de expressão e o livre mercado de ideias, ao mesmo tempo em que se busca responsabilizar as empresas de tecnologia, tudo dentro dos limites da Constituição e do Estado Democrático de Direito. O ministro mencionou ainda um projeto de lei para combater as fake news que foi adiado após uma campanha contrária das big techs e que atualmente está paralisado no Congresso.
A discussão sobre a regulação das redes sociais e a responsabilidade das grandes empresas de tecnologia permanece em destaque, com vozes divergentes no cenário político e jurídico brasileiro. Moraes enfatiza a importância de uma atuação conjunta para garantir um ambiente virtual mais seguro e transparente, respeitando as leis e os direitos dos cidadãos.