A proposta do governo, enviada em 15 de maio, prevê um reajuste salarial de 4,5% ao ano para os anos de 2025 e 2026. No entanto, os servidores pleiteiam um aumento a partir deste ano, pedindo uma readequação salarial de 7,06% em 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% para 2026. A categoria se mostra inflexível em relação a aceitar a proposta do governo.
O Ministério da Educação (MEC) afirmou em nota que está sempre aberto ao diálogo e respeitoso para a valorização dos servidores, mas a postura do governo atual liderado pelo presidente Lula tem provocado irritação nos grevistas. O presidente do Andes, Gustavo Seferian, ressaltou que o governo demonstra uma grande intransigência no processo de negociação e desrespeito à dinâmica da greve.
Os membros do sindicato avaliam que a postura do governo fortalece o movimento grevista e enfraquece o argumento em prol da educação do governo petista. A greve afeta pelo menos 31 instituições federais em todo o país, com a suspensão das aulas em diversas universidades e institutos federais.
Mesas de negociação com a participação do MEC e do Ministério responsável por serviços públicos têm ocorrido desde o início da greve, porém todas as propostas apresentadas para o fim da paralisação foram recusadas pelos educadores. Este impasse parece longe de ser resolvido, mantendo a insatisfação dos professores federais em greve e a pressão sobre o governo.