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Detidos na Alesp, jovens são liberados após votação de escolas cívico-militares; Entidades repudiam ação da polícia contra estudantes

Na manhã desta quarta-feira (22), seis jovens que haviam sido detidos pela Polícia Militar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) durante a votação do projeto do governo Tarcísio de Freitas para a criação de escolas cívico-militares, foram liberados após passarem por uma audiência de custódia. Eles irão responder em liberdade por cinco crimes: associação criminosa, resistência, lesão corporal, desacato e corrupção de menores. Além desses seis jovens, dois adolescentes também foram apreendidos durante o protesto e liberados posteriormente.

A detenção dos jovens ocorreu quando um grupo tentava ingressar no plenário da Alesp durante a votação do projeto. Vídeos feitos pelos manifestantes mostram os policiais utilizando cassetetes para agredir alguns dos presentes, assim como o uso de escudos para impedir a passagem dos estudantes pelo Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).

A Secretaria de Segurança Pública e a presidência da Assembleia afirmaram que a ação da polícia se deu após os jovens tentarem invadir o local, e que as imagens registradas estão sendo analisadas pela Polícia Militar. Segundo relatos de um dos advogados dos detidos, os jovens apresentam escoriações pelo corpo e tiveram seus celulares quebrados durante a ação policial. Uma adolescente de 16 anos teve o braço quebrado durante a ação.

Entidades estudantis e sindicatos de professores repudiaram a violência policial contra os estudantes, destacando que a proposta de implementação das escolas cívico-militares faz parte de uma série de ataques à educação e à ciência promovidos pelo governador Tarcísio de Freitas. O projeto foi aprovado com 54 votos favoráveis e 21 contrários na Alesp, seguindo agora para sanção do governador.

A implementação do modelo de escolas cívico-militares prevê que policiais militares da reserva que atuarem nessas instituições receberão um adicional superior ao salário dos professores da rede estadual. O debate em torno desse projeto tem gerado controvérsias e críticas por parte de diferentes setores da sociedade, o que coloca em evidência a importância de um diálogo amplo e democrático sobre o futuro da educação no estado de São Paulo.

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