A tradição de bordar no Seridó remonta aos tempos da colonização portuguesa no século 18. As técnicas e estilos aplicados pelas mulheres de Timbaúba dos Batistas refletem os tradicionais bordados da região, carregando em si a história e a identidade cultural do local.
Este projeto olímpico, que envolveu a participação de toda a comunidade, se tornou possível graças ao apoio do Instituto Riachuelo e do Sebrae, que auxiliaram no desenvolvimento, qualificação e marketing do trabalho das bordadeiras locais. A presidente da Associação das Bordadeiras, Salmira Torres, explicou como surgiu a ideia deste trabalho e como o convite para participar foi recebido.
Além do apoio na inovação, consultoria e acesso ao mercado, o Sebrae também desempenhou um papel fundamental ao aproximar as bordadeiras de Timbaúba dos Batistas de potenciais consumidores, criando assim uma relação mais direta entre produtor e cliente.
A tradição comercial dos bordados na cidade tem uma história de décadas, com diversas gerações de mulheres aprendendo e praticando a arte do bordado como forma de sustento e expressão cultural. Através de diversas entidades, como a Associação das Bordadeiras e a Cooperativa das Mãos Artesanais, o trabalho das bordadeiras de Timbaúba ganhou reconhecimento ao longo dos anos.
Com o sucesso do projeto olímpico, a Casa das Bordadeiras espera expandir suas atividades, criando uma feira diária de artesanato, cultura e gastronomia, e assim contribuindo para impulsionar o turismo na região. Estima-se que cerca de 700 pessoas em Timbaúba dos Batistas trabalhem com bordado, tornando essa arte a principal fonte de renda da cidade e garantindo seu lugar não só nos Jogos Olímpicos, mas também na economia local.