Repórter São Paulo – SP – Brasil

Casais homoafetivos e solteiros buscam concretizar o sonho da adoção de crianças, mostrando menos exigências e mais aceitação e amor.

No Brasil, têm sido cada vez mais frequentes os casos de casais homoafetivos e solteiros que buscam a adoção como forma de realizar o sonho de serem pais. Este fenômeno, que ganhou força na última década, tem facilitado o processo de adoção de crianças, que agora são aceitas por pretendentes menos exigentes.

Neste cenário, a comemoração do Dia Nacional da Adoção tem destaque e reúne vários Grupos de Apoio à Adoção na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 26 de maio. Estes grupos, incluindo participantes do ABC, marcharão erguendo a bandeira da adoção, demonstrando a importância e a seriedade deste ato de amor.

Dados do Sistema Nacional de Adoção revelam que, no Estado de São Paulo, mais de 1.000 crianças estão disponíveis para serem adotadas, sendo a maioria delas pretas ou pardas. Ainda segundo o órgão, a preferência dos pretendentes à adoção é por crianças brancas, mas a tendência tem mudado ao longo dos anos, com casais aceitando crianças de diferentes raças, com deficiências ou mais velhas.

A coordenadora técnica da Feasa, Maria Inês Villalva, destaca a importância da adoção por casais homoafetivos e solteiros, afirmando que essas novas possibilidades têm resultado em adoções bem-sucedidas. Ela ressalta que, mesmo com a demora no processo de adoção, é preciso garantir a segurança e o bem-estar da criança adotada.

Além disso, há o desafio do preconceito, que ainda persiste em alguns casos. Porém, o avanço da cultura da adoção e a maior visibilidade do tema têm contribuído para mudar essa realidade. Atualmente, há mais de 200 grupos de apoio à adoção em todo o país, auxiliando os interessados nesse importante processo.

Um exemplo inspirador é o caso de Vanessa Pasvenskas Marcos, uma mãe solo de 49 anos que adotou seu filho Breno, de 3 anos. Após cinco anos de espera, Vanessa recebeu a ligação que mudaria sua vida, e hoje ela celebra a adoção de Breno como a realização de um grande sonho.

A história de Vanessa demonstra que, apesar dos desafios e da burocracia envolvida, a adoção é uma forma legítima e valiosa de formar uma família. Com o apoio de grupos de adotantes, como o Laços de Ternura, é possível superar as dificuldades e tornar realidade o sonho de ter um lar cheio de amor e acolhimento para crianças que precisam de uma família.

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