Polishop tem pedido de recuperação judicial aceito pela justiça de São Paulo, com administradora judicial nomeada.

Na última segunda-feira, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), aceitou o pedido de recuperação judicial da Polishop. A empresa, procurada para comentar o assunto, informou que não irá se manifestar no momento.

A decisão do juiz incluiu a nomeação da Cabezón Administração Judicial como administradora judicial, que terá a responsabilidade de fiscalizar as atividades do devedor e garantir o cumprimento do plano de recuperação judicial. O pedido de recuperação judicial foi feito pela Polishop no início deste mês.

De acordo com a determinação do juiz Oliveira Filho, a Cabezón terá 48 horas para formular um termo de compromisso e 15 dias para apresentar uma proposta de trabalho, incluindo os honorários a serem cobrados e o primeiro relatório. A empresa, liderada pelo presidente e fundador João Appolinário, buscou uma reestruturação extrajudicial com seus credores ao longo do ano.

Appolinário destacou que o endividamento bancário da empresa diminuiu significativamente, passando de R$ 270 milhões em janeiro de 2022 para R$ 84 milhões em 2024. Entre os fatores que contribuíram para a situação financeira da Polishop, o presidente citou os impactos da pandemia, o aumento do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e a crise do crédito decorrente do caso Americanas.

Além disso, o juiz determinou a suspensão de execuções, arrestos, penhoras e outras medidas contra a Polishop pelo período de 180 dias. A empresa enfrenta pelo menos 50 ações de despejo devido ao não pagamento de aluguéis, o que resultou no fechamento de aproximadamente 100 unidades em shoppings.

Os credores com ações na Justiça comum ou do Trabalho terão que apresentar seus requerimentos extrajudiciais à Cabezón, indicando o valor que têm a receber da empresa. A administradora judicial deverá emitir relatórios mensais e prestar contas todo dia 30 de cada mês.

A Polishop também está obrigada a fornecer documentos solicitados pela Cabezón, incluindo extratos bancários e comprovantes de pagamento de impostos, encargos sociais e verbas trabalhistas. A situação da empresa continuará sendo acompanhada de perto nos próximos meses.

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