O sistema da Trensurb, que está paralisado desde o dia 3, conecta Porto Alegre à cidade de Novo Hamburgo, passando por outras cidades da região metropolitana. Com aproximadamente 110 mil pessoas utilizando diariamente as 22 estações, a interrupção do serviço tem impactado significativamente a mobilidade da população local. Nas estações Mercado, Rodoviária e São Pedro, em Porto Alegre, a situação é de perda total, causando grandes prejuízos para a empresa.
Os estragos causados pelas enchentes não são inéditos, sendo que já em 2023 foi necessário substituir um trecho de 300 metros de brita. Contudo, a situação atual é mais grave, pois aproximadamente oito quilômetros de via férrea foram afetados, demandando uma reconstrução mais complexa e dispendiosa. As chuvas intensas que têm assolado a região desde o fim de maio resultaram em mais de 160 mortes e afetaram mais de 2,1 milhões de pessoas, evidenciando a gravidade do problema.
A recuperação da infraestrutura da Trensurb demandará um investimento significativo, estimado em R$ 168 milhões apenas para viabilizar a operação emergencial e recuperar as estruturas danificadas. A falta de previsão para a retomada da conexão entre Farrapos e o centro de Porto Alegre apresenta desafios adicionais no que diz respeito à logística e mobilidade na cidade. A expectativa é de dificuldades crescentes, uma vez que o trânsito já está sobrecarregado e a chegada de caminhões e equipamentos para as obras aumentará a congestionamento. Marroni ressaltou a determinação da empresa em superar os desafios e garantir a retomada do transporte público, proporcionando uma solução viável para a população afetada.