Outro espaço importante para o cenário da Bossa Nova na cidade era o teatro Cultura Artística, na rua Nestor Pestana, que recebeu shows memoráveis de artistas como Elizeth Cardoso, Sylvia Telles, Alaíde Costa, Odete Lara e Lúcio Alves. Os palcos paulistanos se tornaram uma oportunidade para os artistas do Rio de Janeiro aumentarem sua popularidade e seus cachês, impulsionando uma febre bossa-novista na cidade durante os anos 60.
Dentre os bares e boates que se destacavam na cena musical de São Paulo estavam o A Baiúca, Cave, Farney’s (posteriormente chamado de Djalma’s), João Sebastião Bar, Bon Soir, bar do Hotel Cambridge, Sem Nome, Chicote e Michel. Nestes locais, grandes nomes da Bossa Nova como Johnny Alf, Vinicius de Moraes, Elis Regina, Maysa, João Gilberto, Carlos Lyra, Tom Jobim, entre outros, se apresentavam e contribuíam para a consolidação do gênero musical na cidade.
O teatro Paramount se tornou um reduto bossa-novista em São Paulo a partir de 1964, com a realização de diversos espetáculos sob a direção de Walter Silva. Shows como “O fino da bossa”, “Boa Bossa” e “O remédio é bossa” marcaram a cena musical da época e consagraram São Paulo como o grande mercado da Bossa Nova. Com performances de artistas renomados e a presença de um público cativo, a cidade se destacou como um polo importante para a disseminação e popularização desse movimento musical tão emblemático da cultura brasileira.