SÃO PAULO – Descoberta de fósseis de preguiças-gigantes revela vida pré-histórica na América do Sul e desafia conceitos sobre esses ancestrais.

A recente descoberta de fósseis de preguiças-gigantes no Abismo Ponta de Flecha trouxe novas informações sobre esses animais que habitaram a região entre o Pleistoceno e o Holoceno, aproximadamente de 11 mil anos atrás até os dias atuais. Um dos exemplares encontrados foi o Nothrotherium sp., um jovem adulto que media em média 2 metros de altura.

Além disso, outro fóssil descoberto no mesmo local foi de um Eremotherium, uma espécie de preguiça-gigante terrestre que atingia cerca de 4 metros de altura. Este fóssil em análise, um calcâneo de um indivíduo em fase de crescimento, teve seu artigo aprovado e aguarda publicação.

Interessante notar que todas essas espécies de preguiças-gigantes, incluindo Catonyx, Nothrotherium e Eremotherium, não eram arborícolas, como as preguiças que conhecemos hoje. Suas enormes dimensões tornavam impossível a permanência por longos períodos nas árvores.

Os estudos a partir desses fósseis permitem traçar um panorama da fauna do ambiente em que esses animais viveram. A pesquisadora Gabriella destaca que a presença desses animais indicaria um ambiente não tão denso quanto uma floresta, já que animais muito grandes como estes teriam dificuldades de locomoção em áreas muito densas.

No entanto, para que essas descobertas sejam possíveis, é fundamental o trabalho com acervos, como os mantidos no laboratório onde os fósseis foram analisados. A pesquisadora Mercedes Okumura ressalta a importância dessas coleções, que mesmo sendo do passado, ainda têm muito a contribuir para a criação de novos conhecimentos.

Em resumo, as descobertas no Abismo Ponta de Flecha revelam aspectos interessantes sobre a vida pré-histórica na região e destacam a importância da preservação e estudo desses materiais para ampliar nosso entendimento sobre o passado.

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