Durante o período de 30 de outubro a 7 de novembro de 2022, os denunciados teriam promovido bloqueios em rodovias de Santa Catarina com o intuito de contestar a legitimidade das eleições. Além disso, segundo o procurador, eles teriam se unido a outros movimentos de paralisação de rodovias no país, com o objetivo de pedir o fechamento do STF e uma intervenção militar, pois não aceitavam o resultado das eleições presidenciais.
Segundo Gonet, as ações realizadas pelos acusados constituem atos de violência, sendo parte de um conjunto de práticas com o objetivo de desconsiderar a vontade popular expressa nas urnas democráticas. O procurador ressaltou que os bloqueios foram realizados com o intuito de promover uma sublevação contra o governo eleito, por meio de ações violentas.
Em resposta às paralisações, no dia 31 de outubro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes determinou o total desbloqueio das rodovias federais afetadas, com a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das polícias militares estaduais para liberar as estradas. A data do julgamento da denúncia ainda não foi definida.
O caso dos bloqueios de rodovias após as eleições de 2022 mostra a complexidade e os desafios enfrentados pela democracia brasileira. A atuação do Ministério Público e do Judiciário se faz necessária para garantir a proteção das instituições democráticas e o respeito pela vontade popular expressa nas urnas.