Professores pelo mundo sofrem com aumento da violência e pressão dos pais, levando a situações extremas como suicídio no caso da Coreia do Sul.

A grave situação enfrentada pelos professores em todo o mundo tem sido tema de destaque nos noticiários recentemente. O caso de Lee-Min so, uma professora primária da Coreia do Sul que tirou a própria vida após sofrer perseguições de pais de alunos, trouxe à tona a crescente pressão enfrentada por esses profissionais em diversos países.

No Brasil, não é diferente. A violência e a agressividade entre alunos têm se intensificado, como apontou uma pesquisa realizada pela Nova Escola e pelo instituto Ame Sua Mente em 2023. Segundo o levantamento, 7 em cada 10 educadores notaram um aumento desses comportamentos, e a maioria já presenciou casos de violência nas escolas onde trabalham.

Em países como Inglaterra, Espanha, Colômbia e Chile, agressões a professores também têm sido relatadas com frequência. Profissionais da área destacam que o comportamento dos alunos piorou nos últimos anos, o que torna o ambiente escolar cada vez mais desafiador.

O impacto da pandemia de Covid-19 também é apontado como um dos fatores que contribuíram para a intensificação dos conflitos em sala de aula. O estresse gerado pela crise de saúde global e as mudanças abruptas na rotina dos alunos têm afetado sua saúde mental, refletindo-se em comportamentos agressivos e desrespeitosos.

Além disso, a falta de apoio e orientação por parte dos pais também é citada como um agravante na relação entre professores e alunos. A superproteção e a falta de limites impostos pelos responsáveis têm gerado um ambiente propício para comportamentos indisciplinados por parte das crianças e adolescentes.

Diante desse cenário preocupante, especialistas alertam para a necessidade de promover a saúde mental de todos os envolvidos na comunidade escolar. Protocolos de convivência adequados e um trabalho conjunto entre escola, famílias e profissionais de saúde são essenciais para reverter essa situação e garantir um ambiente educacional mais seguro e acolhedor para todos. A saúde mental de alunos, professores e famílias deve ser uma prioridade, e é fundamental buscar ajuda profissional em caso de necessidade.

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