Calçadas de Porto Alegre começam a secar com queda do nível do lago Guaíba após cheia histórica: comerciantes retomam atividades.

As inundações que afetaram a região central de Porto Alegre nos últimos dias estão começando a diminuir, deixando um rastro de destruição emocional e financeira para os comerciantes locais. Após a cheia histórica que atingiu a capital gaúcha, a água nas ruas está finalmente começando a secar, permitindo que os comerciantes avaliem os estragos e comecem a se reerguer.

Na Travessa dos Venezianos, na Cidade Baixa, um dos bairros mais afetados, voluntários se reuniram para limpar os estabelecimentos comerciais, que foram tomados pela água durante quase dez dias. Com a marca de 1,5 metro de enchente ainda evidente nas paredes dos bares, os comerciantes contabilizam os prejuízos e se preparam para uma longa jornada de reconstrução.

Pepe Martini, proprietário do bar Milonga, expressa otimismo quanto à reabertura de seu estabelecimento, apesar dos danos significativos. O desafio agora é recuperar o estoque perdido, os equipamentos danificados e restaurar os danos estruturais causados pela inundação. A rua dos Venezianos, tombada como patrimônio cultural, enfrentou uma situação semelhante em 1941, o que levanta questionamentos sobre a eficácia dos sistemas de proteção contra cheias na cidade.

A revolta dos comerciantes é evidente diante da falta de manutenção nos sistemas de contenção de cheias, que não foram capazes de impedir danos significativos durante a enchente. A situação crítica se estende pela região da Cidade Baixa, com relatos de prejuízos que vão além do financeiro, afetando também o emocional dos moradores e empresários locais.

Enquanto a prefeitura nega que a falta de manutenção seja a causa dos alagamentos, os comerciantes continuam lutando para se recuperar e reconstruir o que foi perdido. A solidariedade entre os empresários locais se destaca, com iniciativas para arrecadar fundos e apoio mútuo nesse momento de dificuldade. A reconstrução após a tragédia climática em Porto Alegre será um desafio que demandará esforço coletivo e investimentos em infraestrutura para evitar danos futuros.

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