A análise, baseada em 186 pesquisas e 665 ensaios de diferentes regiões do mundo, mostrou que mais de 50% das amostras de pesquisa comprovaram a efetividade das ações de conservação, resultando na desaceleração do declínio da biodiversidade. O estudo também destacou que tais medidas são eficazes em diversos contextos geográficos, biomas e sistemas políticos.
Segundo Harper, os resultados da pesquisa devem servir de base para a formulação de políticas públicas em nível global. Ele enfatizou a importância de os governos traduzirem os compromissos do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal em estratégias e planos de ação com financiamento adequado.
Apesar dos avanços positivos das ações de conservação, a pesquisa também apontou que o declínio da biodiversidade ainda é uma realidade preocupante, corroborando dados de outras instituições como a União Internacional para Conservação da Natureza, que identificou 44 mil espécies em risco de extinção.
O estudo ressaltou que apesar dos progressos, o volume de ações de conservação ainda é insuficiente para garantir a sustentabilidade dos ecossistemas. Especialistas destacaram a urgência de investimentos e incentivos para pesquisa, conservação e recuperação ambiental, particularmente em regiões de alta biodiversidade como o Brasil.
As pesquisas brasileiras utilizadas no estudo apontaram a efetividade da destinação de terras públicas para a criação de unidades de conservação e territórios indígenas na Amazônia. Para os especialistas, é fundamental intensificar esforços para garantir a conservação e o manejo adequado dos biomas, incluindo a regularização fundiária e a fiscalização mais rigorosa.
Em suma, o estudo reforça a importância das ações de conservação ambiental na proteção da biodiversidade e na preservação dos ecossistemas, ressaltando a necessidade de um maior engajamento e investimento na área para garantir um futuro sustentável para o planeta.