Questionado sobre o significado da mensagem, o procurador negou qualquer relação com as eleições do Ministério Público, realizadas em abril, e destacou que se tratava de um ditado turco antigo que alertava sobre pessoas inaptas em posição de liderança. Cosenzo enfatizou que a frase tinha um contexto organizacional aplicável a diversas carreiras e profissões.
A indicação de Paulo Sérgio de Oliveira e Costa para o cargo de procurador-geral de Justiça, em detrimento de Cosenzo, gerou desconforto entre os colegas do procurador. Cosenzo acreditava que seria escolhido por Tarcísio para o cargo e a decisão do governador o deixou com o ego ferido, conforme relatos de aliados próximos.
Apesar de ter conquistado o primeiro lugar na eleição do Ministério Público estadual com 1.004 votos, Cosenzo foi preterido em favor de Paulo Sérgio, que obteve 731 votos e contou com o apoio do ex-prefeito Gilberto Kassab e do ministro Alexandre de Moraes. O novo procurador-geral de Justiça, em seu discurso de posse, fez um aceno aos adversários na eleição, destacando a importância do debate de ideias e projetos institucionais.
No entanto, a eleição deixou mágoas entre os candidatos, como evidenciado pela ausência do procurador Antonio Carlos Da Ponte no evento de posse. A disputa pelo comando do Ministério Público do Estado de São Paulo foi marcada por reviravoltas e descontentamento entre os envolvidos, refletindo a complexidade e os desafios presentes no processo eleitoral da instituição.