Procurador faz publicação enigmática após ser preterido por governador de São Paulo na disputa por comando do MP em SP.

Na última quarta-feira, o procurador José Carlos Cosenzo utilizou suas redes sociais para compartilhar uma mensagem enigmática após ter sido preterido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na disputa pelo comando do Ministério Público do Estado. Em uma publicação no Instagram, Cosenzo escreveu: “Quando um porco toma o castelo, o porco não vira rei, é o castelo que vira um chiqueiro”.

Questionado sobre o significado da mensagem, o procurador negou qualquer relação com as eleições do Ministério Público, realizadas em abril, e destacou que se tratava de um ditado turco antigo que alertava sobre pessoas inaptas em posição de liderança. Cosenzo enfatizou que a frase tinha um contexto organizacional aplicável a diversas carreiras e profissões.

A indicação de Paulo Sérgio de Oliveira e Costa para o cargo de procurador-geral de Justiça, em detrimento de Cosenzo, gerou desconforto entre os colegas do procurador. Cosenzo acreditava que seria escolhido por Tarcísio para o cargo e a decisão do governador o deixou com o ego ferido, conforme relatos de aliados próximos.

Apesar de ter conquistado o primeiro lugar na eleição do Ministério Público estadual com 1.004 votos, Cosenzo foi preterido em favor de Paulo Sérgio, que obteve 731 votos e contou com o apoio do ex-prefeito Gilberto Kassab e do ministro Alexandre de Moraes. O novo procurador-geral de Justiça, em seu discurso de posse, fez um aceno aos adversários na eleição, destacando a importância do debate de ideias e projetos institucionais.

No entanto, a eleição deixou mágoas entre os candidatos, como evidenciado pela ausência do procurador Antonio Carlos Da Ponte no evento de posse. A disputa pelo comando do Ministério Público do Estado de São Paulo foi marcada por reviravoltas e descontentamento entre os envolvidos, refletindo a complexidade e os desafios presentes no processo eleitoral da instituição.

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