Em Rio Grande, mais de 600 pessoas precisaram ser resgatadas entre a noite de quarta-feira e a madrugada de quinta-feira. O nível da água atingiu 2,66 metros na manhã de quinta-feira, ultrapassando a cota de inundação em 76 centímetros, de acordo com informações da prefeitura. Na tarde de quarta-feira, o nível estava em 2,34 metros.
No município de São Lourenço do Sul, a medição realizada pela Sema indicou um nível de 2,80 metros, um aumento em relação aos 2,60 metros registrados no mesmo horário do dia anterior. Até o momento, 615 pessoas estão em nove abrigos, com outros dois em preparação.
A situação nas cidades afetadas é crítica, com serviços básicos impactados, vias bloqueadas, dificuldades de acesso e locomoção, além da suspensão do transporte coletivo. Em São José do Norte, ruas estão alagadas, 114 pessoas estão em abrigos e a balsa que conecta as duas cidades está inoperante. Além disso, cidades como Pelotas e São Lourenço do Sul também enfrentam alagamentos.
Esses problemas são reflexo do fenômeno climático que atingiu o Rio Grande do Sul no final de abril e se intensificou nos últimos dias, afetando principalmente o sul do estado. A situação é preocupante e exige ações emergenciais por parte das autoridades para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada.
O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, ficou abaixo dos 5 metros pela primeira vez desde segunda-feira, segundo medições realizadas nesta quinta-feira. A previsão é de que o nível do lago diminua lentamente nos próximos dias, mas ainda permanecerá acima dos 4 metros. As fortes chuvas no Rio Grande do Sul já causaram pelo menos 151 mortes e deixaram um grande número de desabrigados e desalojados em diversas cidades do estado. A Defesa Civil continua monitorando a situação e atuando para prestar assistência às vítimas.