Os números são impactantes: 77.199 pessoas estão desabrigadas, necessitando de abrigo público, e 538.164 ficaram desalojadas, tendo que deixar temporariamente ou definitivamente suas casas. A Defesa Civil intensifica seus esforços de resgate, com mais de 76.620 pessoas já tendo sido resgatadas.
A situação nas escolas também é crítica, com a suspensão das aulas em 2.338 instituições da rede estadual, afetando mais de 378 mil alunos. A comparação com o furacão Katrina, que devastou a região metropolitana de Nova Orleans em 2005, é inevitável, já que profissionais de saúde destacam a falta de prevenção de desastres naturais e a ausência de uma coordenação eficaz de decisões, resultando em hospitais em colapso, equipes de saúde com dificuldades de acesso aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos.
O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, finalmente recuou para menos de 5 metros, após ter atingido 5,3 metros na semana passada. O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS prevê que o nível do lago continue diminuindo gradualmente nos próximos dias.
Diante do caos, a Prefeitura de Porto Alegre planeja a limpeza da cidade, priorizando os 21 bairros mais afetados pela enchente. Vinte equipes serão mobilizadas para realizar a raspagem e remoção de terra e lodo, lavagem das ruas e recolhimento de resíduos.
A Defesa Civil alerta para a importância de manter a atenção às áreas de risco e destaca a necessidade urgente de restabelecer a infraestrutura e manter os serviços essenciais, como o saneamento básico. A solidariedade e a ajuda voluntária são fundamentais neste momento de emergência.