Chuvas no Rio Grande do Sul: tragédia histórica atinge mais de 300 mil imóveis e 537 mil desalojados, mostra análise

As enchentes históricas que assolaram o Rio Grande do Sul deixam um rastro de destruição e sofrimento, tendo impactado milhares de pessoas em todo o estado. Mapas e relatos podem tentar ilustrar a extensão da tragédia, mas é difícil mensurar o real impacto na vida das vítimas.

Segundo informações levantadas pela equipe da Folha, mais de 300 mil edificações residenciais e 800 estabelecimentos de saúde foram atingidos pela inundação. Além disso, escolas, templos religiosos e propriedades agropecuárias também foram severamente afetadas. A cidade de Eldorado do Sul foi uma das mais atingidas, com 71% dos imóveis sofrendo com alagamentos.

O número de desalojados no estado alcançou a marca recorde de 537.380 pessoas, tornando essa tragédia a pior já registrada no país nesse aspecto. Em Porto Alegre, a situação se agrava devido às características do relevo e da hidrografia da região metropolitana, que dificultam o escoamento da água, mesmo sem a ocorrência de novas chuvas.

Mesmo com um sistema sofisticado de prevenção contra inundações, a capital gaúcha não conseguiu conter completamente os danos, com diversos rios atingindo níveis de cheia acima do esperado. O Rio Taquari, por exemplo, teve a maior cheia em 150 anos, com um aumento de cerca de 70% em relação à cota de inundação da região.

A população gaúcha enfrenta uma situação de emergência sem precedentes, com a necessidade de realocação de milhares de pessoas e a reconstrução de áreas inteiras afetadas pelas enchentes. A solidariedade e apoio de voluntários e órgãos governamentais são fundamentais para ajudar as vítimas a se recuperarem desse desastre natural.

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