Até o momento, o governo federal não ofereceu nenhum reajuste, o que tem gerado insatisfação entre os servidores. Eles também exigem o pagamento do adicional de insalubridade e a garantia do piso da enfermagem em sua totalidade.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), as unidades afetadas pela greve vão operar com apenas 30% do quadro de funcionários, priorizando serviços essenciais como hemodiálise, quimioterapia, cirurgias oncológicas, transplantes e atendimentos de emergência.
Para os próximos dias, estão programados atos de greve em frente ao Hospital Federal de Bonsucesso e no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre a situação.
Esses seis hospitais federais cariocas são referências em tratamentos de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), concentrando pacientes de todo o país. No entanto, ao longo dos anos, essas unidades têm enfrentadodesafios como desabastecimento de insumos, alagamentos, falta de equipamentos e até incêndios que resultaram em tragédias.
A falta de concursos públicos desde 2010 tem comprometido a questão dos recursos humanos, levando à contratação de profissionais temporários e alta rotatividade nas equipes. Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou mudanças na gestão dos hospitais, criando um Comitê Gestor para assumir temporariamente a administração das unidades.
O sindicato dos servidores destaca que a greve não se restringe apenas a reivindicações salariais, mas também expressa a luta por uma saúde pública de qualidade e totalmente financiada com recursos públicos, rejeitando propostas de privatização ou parcerias público-privadas. A mobilização dos trabalhadores da saúde no Rio de Janeiro promete se intensificar nas próximas semanas, em busca de melhores condições de trabalho e atendimento para a população.