Senado aprova projeto que estabelece prioridade no atendimento à mulher vítima de violência doméstica para sanção presidencial.

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (15), um importante projeto de lei que tem como objetivo priorizar o atendimento social, psicológico e médico às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O PL 2.737/2019, de autoria do deputado André Ferreira (PL-PE), foi relatado pelas senadoras Janaína Farias (PT-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF) nas Comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública, respectivamente. Agora, a matéria aguarda a sanção da Presidência da República para entrar em vigor.

A proposta em questão altera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006) para garantir atendimento prioritário no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Além disso, o projeto também modifica a legislação que trata da cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões decorrentes de violência contra a mulher, prevendo a priorização desses casos no SUS.

Segundo a senadora Janaína Farias, a violência contra a mulher é um problema grave no Brasil, tendo em vista que quase 30% das mulheres sofreram algum tipo de agressão em 2022. Ela ressaltou que as agressões em contexto de violência doméstica e familiar aumentaram em relação ao ano anterior, atingindo mais de 245 mil mulheres agredidas. Diante desse cenário, a parlamentar defendeu a destinação de mais verbas para programas de combate à violência de gênero e para projetos de apoio às vítimas.

Durante a tramitação do projeto, a senadora apresentou uma emenda de redação e rejeitou uma sugestão de emenda que poderia gerar interpretações subjetivas na aplicação da lei. Janaína Farias enfatizou a importância de não apenas debater, mas também agir para combater a violência doméstica, destacando que as mulheres vítimas desses abusos merecem ter prioridade no atendimento.

Por fim, a expectativa é de que a nova legislação contribua para a proteção e o amparo das mulheres em situação de violência, promovendo a garantia de seus direitos e a sua recuperação integral. O compromisso das autoridades e da sociedade em geral é fundamental para erradicar esse problema que aflige tantas brasileiras.

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