Médico da Santa Casa é acusado de abuso sexual durante cirurgia e é afastado: Entenda o caso e a investigação em curso.

A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar um grave caso de assédio sexual que ocorreu nas dependências da Santa Casa. O inquérito foi iniciado no dia 9 de maio e tem como principal suspeito o médico Ramiro Carvalho Neto, que foi acusado de abusar sexualmente de uma paciente durante uma cirurgia.

As informações sobre o caso foram reveladas pela imprensa, sendo amplamente divulgadas pela Folha de São Paulo. Após receber uma denúncia anônima de importunação sexual envolvendo o médico, a direção do hospital decidiu afastá-lo de suas funções para garantir a integridade da investigação.

A Santa Casa informou que, embora não tenha registrado um boletim de ocorrência, conduzirá uma sindicância interna para esclarecer os fatos de maneira imparcial e sigilosa. A instituição ressaltou que a identidade da vítima será preservada até a conclusão das investigações, que poderão resultar em comunicação às autoridades policiais, caso seja constatada uma conduta passível de enquadramento criminal.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) esclareceu que o caso está sendo investigado pelo 77º Distrito Policial de Santa Cecília, atendendo a solicitação do Ministério Público. A autoridade policial já solicitou informações à Santa Casa e ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, porém, devido à natureza sensível do caso, não foram divulgados maiores detalhes.

Testemunhas relataram que o assédio teria ocorrido durante uma cirurgia de mão, onde o médico teria tocado de forma inapropriada as partes íntimas da paciente. Outros profissionais presentes no procedimento teriam filmado a ação de Ramiro, que foi posteriormente denunciado para a direção do hospital.

Este não é o primeiro episódio de sindicância envolvendo o médico, uma vez que durante sua graduação na Unicamp em 2014, ele foi alvo de uma investigação após denúncias de comportamento indevido. As revelações feitas pela Folha destacaram que o profissional já havia sido suspenso da faculdade por 90 dias devido a incidentes similares ocorridos durante competições estudantis.

Diante da gravidade do caso, a Santa Casa e as autoridades competentes se comprometeram a conduzir a investigação de forma imparcial e rigorosa, visando a proteção da vítima e a garantia de que atos de assédio e abuso sexual sejam severamente repreendidos.

Este caso reforça a importância da denúncia e da punição de condutas abusivas e desrespeitosas, especialmente no ambiente de trabalho e no exercício da profissão médica, que demanda confiança e respeito aos pacientes. A sociedade exige transparência e responsabilidade das instituições de saúde e das autoridades para a devida apuração e julgamento de casos de assédio.

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