Manutenção precária agravou cheia histórica do Guaíba em Porto Alegre: orçamento menor e falhas no sistema de proteção causam danos.

Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, vivenciou uma das maiores cheias de sua história, com efeitos agravados devido a supostas falhas no sistema de proteção contra cheias do Guaíba. Dados apontam que nos últimos sete anos, o orçamento destinado à manutenção desses equipamentos foi reduzido em 23%, resultando em gastos inferiores aos previstos e possíveis consequências desastrosas, como a inundação que afetou mais de 140 municípios e causou a morte de diversas pessoas.

As falhas de manutenção incluem o rompimento de comportas e a paralisação do sistema de bombeamento, que permitiram a entrada de água no centro histórico da cidade. Engenheiros hídricos e ambientais apontam que a falta de cuidados adequados com o sistema de proteção contra cheias pode ter sido a principal causa da tragédia. O muro de contenção e as comportas ao longo do Guaíba, que deveriam proteger a cidade da inundação, não foram eficazes devido a problemas de manutenção.

A gestão municipal, comandada por Sebastião Melo, enfrenta críticas pela falta de atenção à manutenção do sistema, que vem se arrastando ao longo das diversas administrações. A empresa responsável pela manutenção dos equipamentos não se pronunciou sobre as acusações de falhas.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul anunciou a abertura de um inquérito para investigar a situação do sistema antienchentes da cidade. O promotor de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre ressaltou a importância de apurar as responsabilidades e garantir que medidas sejam tomadas para evitar novas tragédias.

Diante da gravidade do ocorrido, a população e as autoridades locais questionam a segurança do sistema de proteção contra cheias. O debate sobre a necessidade de investimentos e manutenção adequada desses equipamentos se intensifica, visando evitar novas catástrofes como a que assolou Porto Alegre.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo