Essa realidade não é única. Pelo contrário, ao menos 13 municípios gaúchos tiveram suas unidades básicas de saúde comprometidas pelas cheias, e outros 220 enfrentam danos parciais que prejudicam os atendimentos. Esses problemas apenas ampliam as fragilidades estruturais que o sistema de saúde do estado já enfrentava, incluindo baixos investimentos e desafios na gestão de recursos em parceria com as prefeituras.
A situação atual é tão preocupante que especialistas como a doutora Fátima Marinho já temem um colapso iminente. A presença de águas paradas em diversas cidades, aliada à aglomeração de pessoas em abrigos, cria um ambiente propício para o surgimento de doenças respiratórias e infecciosas, como leptospirose e hepatite A.
Diante desse cenário, a secretária de Saúde estadual, Arita Bergmann, ressalta a importância da vacinação em massa e anuncia que buscará recursos do governo federal para evitar um colapso total no sistema de saúde do estado. As enchentes não causam apenas danos físicos, mas também afetam a logística de atendimento, com estradas bloqueadas e municípios isolados, tornando necessário o transporte de pacientes em situações críticas, inclusive por helicóptero.
Diante de tantos desafios, a população gaúcha enfrenta um cenário de incertezas e fragilidades no acesso à saúde, destacando a urgência de medidas emergenciais para garantir o atendimento e a segurança dos cidadãos afetados pelas enchentes.