Durante seu discurso, o senador ressaltou a gravidade da situação e a importância das diversas etapas envolvidas no processo da CPI, que contou com a participação de especialistas, agências reguladoras, empresários e a população afetada, além dos representantes da Braskem. Segundo Rodrigo, os especialistas ouvidos durante as investigações deixaram claro que a exploração descontrolada da mina de sal-gema foi um fator determinante para a tragédia, algo considerado inaceitável.
Além disso, o senador criticou os acordos feitos pela Braskem com os moradores afetados, classificando as indenizações como injustas e alegando que houve coação para que as pessoas deixassem suas casas. Rodrigo também apontou a negligência dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental, como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas e a Agência Nacional de Mineração, no acompanhamento e regulamentação das atividades da empresa.
Os relatórios apresentados pela Braskem, segundo Rodrigo, tentaram atribuir o desastre a causas naturais, desconsiderando as evidências científicas que apontavam para a responsabilidade da empresa. O relatório final da CPI resultou no indiciamento de cerca de 12 pessoas, incluindo dirigentes e técnicos da Braskem, por diversos crimes, o que representa um passo importante na busca por justiça.
O senador enfatizou que a CPI buscou a verdade e que a luta por justiça em benefício da população de Alagoas ainda não acabou. Acompanhar de perto os desdobramentos e garantir que a impunidade não prevaleça foram apontados como objetivos cruciais para evitar que tragédias como essa se repitam não só em Alagoas, mas em todo o Brasil.
