Apesar do alto índice de consciência, a pesquisa revelou que há divergências quanto às causas das mudanças climáticas. Enquanto 78,2% dos entrevistados acreditam que as transformações são decorrentes da ação humana, 19,6% consideram que são de origem natural, sem intervenção do homem. Além disso, a percepção da gravidade das mudanças varia entre os entrevistados, com 60,5% concordando que representam um perigo grave para as pessoas no Brasil.
O estudo também revelou que o interesse pela ciência e tecnologia se manteve estável em relação às pesquisas anteriores, com 60,3% dos entrevistados demonstrando interesse pelo tema. No entanto, o interesse por C&T fica atrás de áreas como medicina e saúde, meio ambiente, religião e economia. Apesar do interesse declarado, apenas 17,9% dos entrevistados afirmaram conhecer alguma instituição de pesquisa científica, evidenciando a necessidade de ampliar o acesso ao conhecimento científico.
A pesquisa também abordou a propagação de desinformação e fake news, revelando que 36,5% dos entrevistados admitiram já ter compartilhado informações falsas. No entanto, a maioria dos entrevistados (61,8%) assegura nunca compartilhar informações sem certeza da veracidade. O estudo ressalta a importância da checagem de informações e do letramento midiático para combater a propagação de notícias falsas.
Além das opiniões dos brasileiros, a pesquisa também analisou o conteúdo de reportagens sobre ciência em jornais de grande circulação e nas redes sociais. Os resultados dessa análise estão disponíveis na página da pesquisa na internet, proporcionando uma visão abrangente sobre a percepção pública da ciência e tecnologia no Brasil.