A operação de resgate da égua durou sete horas e contou com uma equipe de 15 pessoas. O animal, que estava magro e com desgastes nos cascos, foi sedado, teve os olhos vendados e as patas amarradas durante o resgate, realizado por meio de uma técnica chamada tirolesa dinâmica. Veterinários acompanharam toda a operação, garantindo o bem-estar do animal.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a égua provavelmente subiu pela escada do prédio em uma tentativa desesperada de escapar da inundação nas ruas da cidade. Após o resgate, apelidada carinhosamente de Esperança, a égua foi colocada em um barco e transportada para um abrigo de animais não divulgado pelo governo.
A enchente em São Leopoldo atingiu a marca histórica de 8,20 metros e afetou cerca de 180 mil moradores da cidade. Doze mil pessoas foram encaminhadas a abrigos após danos ou perdas totais em suas residências. A prefeitura mobilizou 650 voluntários para auxiliar nos abrigos, além de realizar resgates de pessoas e animais nos bairros mais afetados pela enchente.
O resgate de animais em situações de risco tem comovido o país. Na semana anterior, o cavalo Caramelo foi resgatado de um telhado em Canoas e agora se encontra em recuperação no Hospital Veterinário da Ulbra. A última atualização sobre Caramelo mostra o animal passeando nos gramados da universidade, sem necessidade de medicamentos e recebendo suplementos para recuperar o peso perdido. A solidariedade e o empenho de profissionais e voluntários têm sido cruciais para salvar vidas, sejam elas humanas ou animais, em meio às tragédias naturais.