Aumento de 970% da violência contra LGBTQIA+ em São Paulo revela cenário preocupante e necessidade de políticas públicas urgentes.

A violência contra pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo teve um aumento alarmante de 970% entre os anos de 2015 e 2023, de acordo com registros dos serviços de saúde. Esses dados revelam uma realidade preocupante e indicam a urgência de políticas de prevenção e enfrentamento.

O estudo conduzido pelo Instituto Pólis apontou um salto de 1.424% nos Boletins de Ocorrência envolvendo LGBTfobia, chegando a um total de 3.868 vítimas no mesmo período. Esses números expõem a gravidade do problema e evidenciam a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades.

A criminalização da LGBTfobia foi reconhecida pelo STF apenas em 2019, o que demonstra a falta de instrumentos legais para combater esse tipo de violência. Além disso, as polícias ainda carecem de treinamento adequado para lidar com casos de LGBTfobia, mesmo com a existência de protocolos policiais.

É importante ressaltar que a interseccionalidade da LGBTfobia com o racismo é um ponto crítico, pois homens, jovens e pessoas negras são maioria entre as vítimas de violência física. A violência sexual também é uma realidade para as mulheres LGBTQIA+, especialmente as negras e jovens, que sofrem dentro de casa em grande parte dos casos. O estudo aponta a necessidade de redes de apoio específicas para essas pessoas, principalmente fora da região central da cidade.

Diante desses dados alarmantes, é fundamental que sejam implementadas medidas eficazes para combater a LGBTfobia e garantir a segurança e integridade das pessoas LGBTQIA+. A violência sistemática e recorrente contra essa população não pode mais ser tolerada, e é responsabilidade de todos trabalhar para construir uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.

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